Tem muito tankie e stalinista perdido lá, mas o conteúdo é interessante. Algumas postagens:
Link: https://www.facebook.com/groups/2062839543948960/about/
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Muitos trabalhos se preocupam em classificar a ciência como ferramenta do capital. É uma posição complicada a não ser para os mais ferrenhos proponentes do anarco-primitivismo.
Vamos analisar uma situação primitiva (não necessariamente anarco-primitiva, foquemos no primitiva) onde o indivíduo precisa de um arco e flecha como ferramenta. O animal humano se diferencia dos outros por não sobreviver sem ferramentas, então ele decide construir o arco.
Ele estuda a tensão de vários cipós até achar um com a flexibilidade adequada, e anota os tipos de cipó que tem as características apropriadas. Ele acaba de realizar a primeira atividade do método científico, criar uma taxonomia – uma classificação de que cipós servem para esse propósito ou não. Seguidamente, ao estudar a tensão no arco, ele acaba de realizar um excelente estudo de física experimental, testando as propriedades físicas de objetos. Se ele procura padrões nos resultados, procede à um estudo de física teórica, no qual tenta-se achar “leis” da natureza – no caso, leis sobre flexibilidade de cipós.
Se ele efetivamente constrói e usa o arco, entrou nos domínios da engenharia – aplicação de conhecimento previamente adquirido para um fim prático. Existe uma passagem curiosa de Marx em Teses sobre Feuerbach: “Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo”. Bem, isso me parece um chamado à criação de uma nova engenharia societal – aplicar o conhecimento filosófico acumulado na transformação da sociedade -, o que encaixa bem na oposição que ele faz filosofia do trabalho de Hegel. Hegel pondera que o filósofo, e por extensão o cientista, se aliena do Espírito Absoluto ao realizar trabalho prático, e que isso é bom. Marx diz que alienação afasta o homem do ser em direção ao ter.
Retornando ao tema: A idéia da torre de marfim científica é uma armadilha burguesa. Ciência não foi projetada para servir apenas uma elite, pois ela não foi projetada – cada cientista tem uma idéia diferente do que é o método certo de aquisição de conhecimento (e do que é episteme, o conhecimento que vale a pena ser adquirido). Isolamento também é uma idéia falsa propagada por interesses escusos para garantir o domínio – o próprio método científico, nas suas muitas vertentes, preza pela validação por pares – uma idéia sobre o tema A é científica quando ela sobrevive ao escrutínio de todos os estudantes do tema A (os ditos pares). Existem várias discussões sobre o significado exato de pares e que aspectos devem ser escrutinizados, mas o fato é que nem de longe é um trabalho isolado em um ambiente. A revisão por pares não é uma câmara de eco, as idéias não são simplesmente repetidas – a melhor forma de fazer sua reputação é derrubando uma idéia bem estabelecida e colocando uma nova no lugar, então para um cientista interessado em crescer sua reputação não é nem um pouco interessante manter as idéias no mesmo lugar.
Voltando ao arco e flecha, a não ser que estejamos fixados em grandes projetos como o LHC ou sondas de espaço profundo, o processo científico não requer grandes recursos. De fato, já existe uma área chamada ciência cidadã – cidadãos comuns que querem ter mais participação em projetos científicos de impacto. Um sub-área curiosa é a ciência de smartphone: Experimentos e observações científicas que dá para fazer com seu smartphone comum.
Esse post está mais longo que o planejado, então vou deixar alguns links sobre o tema aqui, em várias línguas:
Já que citei Marx, Hegel, et al, fonte básica:
Atendendo à demandas, a data do ciclo de estudos foi modificada do dia 07/07 para 14/07.
Pontualmente às 13 horas: Ciclo de Estudos Anarquistas: História do Anarquismo na Europa
Mapa do local: https://goo.gl/vseBfy
Texto de referência: https://anarquismorj.files.wordpress.com/2011/12/modulo_02.pdf
Cópia de backup do texto de referência: https://web.archive.org/web/20180615181331/https://anarquismorj.files.wordpress.com/2011/12/modulo_02.pdf
Documentário de referência: História do Anarquismo – Sem Deuses, Sem Mestres
Das 14:30 às 16:30 horas: Elaboração e Discussão da Carta de Princípios do Coletivo.
Da Rede de Informações Anarquistas (RIA)!
Novamente o fascismo coloca a sua cara para fora do buraco, ousando aparecer e tentando ter voz ativa em diversas partes do mundo. Governos de direita com seus discursos xenofóbicos, ultranacionalistas, culto aos símbolos nacionais, supremacia branca e toda forma de preconceito tomam os parlamentos e disseminam, através do poder estatal, sua política de segregação e ódio. Com isso a parte da sociedade declaradamente fascista, que por muito tempo não tinha coragem de se expor, se sente legitimada e contemplada por essas políticas vindo a público gritar seu ódio e culto, grupos fascistas se reorganizam e vão as ruas caçar negros e homossexuais, o patriarcado se fortalece e mais uma vez o fantasma do fascismo consegue chegar até os ouvidos do povo, que sem saber, acaba reproduzindo termos e preconceitos de cunho fascista.
Mas, há resistência!
A Assembleia Antifascista no Rio de Janeiro, em suas construções periódicas, está organizando a MARCHA ANTIFASCISTA RJ 2018 no dia 20 de junho na Central do Brasil consolidando assim, através da prática, uma ação direta construída coletivamente em suas reuniões.
Postagem completa: https://redeinfoa.org/marcha-antifascista-no-rio-de-janeiro-2018/
Outros links:
Chamada de “Desbloquear Conteúdo”, a extensão prometia a funcionalidade bastante útil de acessar mídias estrangeiras bloqueadas geograficamente. Na prática, o app desbloqueava o acesso de conta bancária a cibercriminosos.
O ataque disfarçado como extensão copiava o botão utilizado para fazer o login na hora de acessar o site dos bancos. Com isso, as informações da conta e senha eram enviadas primeiro para um servidor malicioso antes de serem enviadas para o banco completar o login corretamente.
Artigo completo, recomendo: https://www.vice.com/pt_br/article/evkq4e/extensao-chrome-fraude-bancaria
Esta postagem tem um tom mais conciliatório e menos insurgente, porquê o
momento exige. É uma tradução do trabalho de Ryan Olds para o
Labor Notes (Notas sobre Trabalho):
http://labornotes.org/blogs/2018/06/worksheet-plan-your-march-boss
(arquivado em
https://web.archive.org/web/20180611171330/http://labornotes.org/blogs/2018/06/worksheet-plan-your-march-boss).
Marchas sobre o patrão vem em diferentes sabores. Algumas são espontâneas, como na história de Auriana Fabricatore (supervisora numa linha de produção de alimentos) onde uma “mini-marcha” obtém grandes resultados. Ela foi esperta em encorajar seus colegas de trabalho a confrontar o chefe imediatamente, enquanto eles estavam inflamados com a fúria dos justos – se eles tivessem agendado para a próxima semana, os tremores nervosos poderiam se estabelecer.
Em outros casos você vai querer planejar, para conseguir mais pessoas e maximizar impacto. Sua ação deve ser bem planejada mas rápida, antes que a gerência descubra ou os membros percam interesse.
O tom do confrontamento pode variar também, dependendo da cultura do seu trabalho, de quão fortemente os seus colegas sentem a questão, e e de como eles sentem o chefe. Você pode querer um toque mais leve – colocar o seu ponto respeitosamente, tentando sentar para uma reunião, ou entregando documentos para apreciação do chefe. Ou o seu grupo pode estar pronto para um tom mais agressivo – demonstração de ira, bloquear as saídas de forma que o chefe não possa fugir, e sincronizar a marcha para desestabilizar as operações.
Enquanto se prepara, revise os seguintes pontos enquanto grupo: